Recuperamos, nas férias, dos cansaços, dos desencantos, das derrotas, dos desencontros,... Recuperamos a paz. Recuperamos os desafios e os desejos que deixamos adormecer dentro de nós. Encontramos outros e (re)encontramo-nos as nós mesmos, iguais, mas diferentes, com mais tempo e mais verdade para ser e para estar.
E assim, iguais, mas diferentes, somos novamente lançados para a rotina, para os trabalhos e os cansaços, as alegrias e os desencantos, as vitórias e as derrotas, os encontros e os desencontros,... Como reagimos? Com que força resistimos? Com que pressa desistimos? De que fibra somos feitos? De que nos alimentamos? Que sentimentos nos invadem às primeiras contrariedades? Esperança ou desespero? Paciência ou raiva? Em que é que mudamos afinal? O que é que trazemos de novo para cada novo dia? O que é que trazemos de novo para o dia dos outros?
Silencio-me e observo. Tantas caras, tanta vida, tantas vozes, tanta pressa, tanta música, à minha volta tudo se movimenta. A cada novo dia, a vida inteira começa. Em cada novo dia, a felicidade reside inteira, disponível, semente à espera de ser árvore. Cada novo dia é uma oportunidade inteira para mudar a minha vida. A minha vida vive-se sempre, inteira, num só dia: hoje. O que dei eu hoje? O que recebi? O que desperdicei?