27 setembro, 2007

outra vez o tempo



a tua ausência em mim é já muito grande...

engoliu o muito que tinha para te dizer e encheu-me de silêncio.




fotografia daqui

10 setembro, 2007

passo a passo




o tempo atravessa-nos, passo a passo, com pezinhos de lã, escreve-nos histórias na alma devagar com letra cuidada e tinta invisível, a não ser, talvez, as vezes no olhar e no coração... onde usa uma ou outra sombra de diferentes cores e intensidades. será que mudamos muito? será que somos, no fundo, sempre iguais?
o tempo passa para nos levar ou para nos unir, mas não deixa de ser um mistério, a forma como uns ficam e outros partem.
não deixa de ser um mistério que 7 anos depois as mesmas pessoas se encontrem e se sintam realmente em casa... porque a casa não é só o lugar físico onde moramos (até porque muitos destes lugares não sabem a casa), mas uma forma de estar, uma forma de estar mais fiel e mais autêntica, uma forma de estar mais próxima daquilo que realmente somos.
será que isto acontece porque estamos todos mais velhos e despreocupados com as aparências? será que acontece porque fomos crescendo juntos e encaixando as semelhanças e as diferenças de todos e de cada um? será que acontece porque de repente percebemos que o tempo passou e procuramos o que ficou de essencial e importante?
talvez as perguntas sejam pura retórica, sejam só a manifestação da surpresa feliz de um presente onde o tempo não construiu barreiras entre nós ao abrigo das distâncias.
nunca seremos capazes de um amor completamente desinteressado. não podemos negar que somos pelo menos um bocadinho egoistas quando desejamos e procuramos a felicidade dos amigos porque isso nos faz sentir muito felizes. Mesmo assim, o amor entre os amigos não deixa de ser um pequeno milagre! Se abraçado com liberdade pode ser um lugar onde somos casa e nos sentimos em casa.







fotografia do sítio do costume