não sei se é defeito de fabrico ou característica adquirida (posso imaginar onde e quando e porquê), mas é quando não tenho interlocutor, ou quando me parece impossível comunicar, ou quando a resposta tarda em chegar, ou quando devia ficar calada (por disciplina, por orgulho, por auto-estima) que as palavras se multiplicam e me enchem por dentro até transbordarem pela pele, pelos olhos, pelos dedos: palavras-vírus, hostis, invasoras, palavras-pedras, pesadas, duras, palavras-vivas, instáveis, frágeis. palavras demais para as conseguir deter a tempo. palavras demais para as conseguir conter cá dentro.
19 setembro, 2013
September - Earth, Wind & Fire
uma música cheia de boas energias para animar o regresso ao trabalho. banda sonora ideal para desligar o cérebro durante uns minutos e quem sabe até dançar... mas só se for com estilo, com muito estilo. como o Driss de "Amigos improváveis"
08 fevereiro, 2013
haiku
um pássaro caiu desamparado no meio da estrada.
um saco de plástico atravessou-a movido por uma alma emprestada.
um homem parou na berma, olhando o céu, à espera da próxima queda.
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