eu que me comovo a toda a hora,
com os passos de cada um
e o rosto de toda a gente,
disfarço o meu coração:
pedra por fora, fonte por dentro
e alimento secretamente
esta forma de ser dissonante
da corrente indiferente da multidão.
quem passa ficará aquém,
na hesitação verá indiferença,
no sorriso ironia ou desdém...
quem pára talvez repare
no lento lamento que as fontes cantam
na ânsia de encontro que os passos traçam
na compreensão que os sorrisos calam.
eu que me comovo a toda a hora,
com o rosto de cada um
e os passos de toda a gente.
fotografia daqui
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