sigo à deriva…
tantas vezes sem sentido,
sem direcção,
outras tantas sem leme,
sem lastro, ou sem razão.
sigo do vento o sabor,
o corpo de vela a prumo,
inerte, o espírito amiúde ausente…
ninguém me roube a viagem,
ninguém me domine o sentir,
ninguém me devolva à paisagem
de onde me viram partir.
quero ser outra, ser longe,
quero rasgar-me na ida…
não me esperem na partida,
se a viagem é a minha vida:
a meta pode ser indefinida,
mas à partida não vou voltar.
Sem comentários:
Enviar um comentário