um filme que é um lugar fora do tempo. um espaço que se abre sobre o silêncio. também (mas não só) porque a banda sonora e o silêncio se conjugam na perfeição, como raramente se vê. raramente se vê o silêncio tão bem filmado.
Tilda Swinton é espantosa na contensão, no espanto, no abandono de certos gestos, e é impossível não respirar a sua personagem na sua viagem caleidoscópica, viagem interior vista de fora para dentro e de dentro para fora.
todo o filme vive desse estado de contensão-explosão permanente, que atravessa a personagem da realidade aos sonhos, da rotina à acção. filme em câmara lenta prestes a ruir, como se a beleza não pudesse existir mais do que alguns instantes, a cor sobre o branco, a luz sobre a pele, a ordem sobre o caos, o silêncio, o silêncio, o silêncio. no fim o silêncio.
imagem retirada daqui
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