10 julho, 2011

esse lugar invisível que te habito sem saberes II


É provável a ilusão. O desejo tem destas coisas. A vontade férrea de persistir, de se ultrapassar, de passar do pensamento à acção. É capaz de criar qualquer ilusão para servir o seu ardil. Eu não posso ser quem tu desejas, não posso ser quem tu precisas, o tempo todo. É uma ilusão, mas a sensação do meu desejo é essa, a ilusão do meu desejo é essa: é seres em mim, já, o que ainda não sabes e eu ser em ti o que ainda não sentes. Desde sempre. Desde que nasceste e até morreres e mesmo que nunca o venhas a saber. Eu ser em ti, desde sempre, esse lugar invisível que te habito sem saberes.


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