Duas noites, dois lugares, dois compositores, dois séculos de distância, duas viagens completamente diferentes.
Na primeira noite, música sacra de Antonio Vivaldi (1678-1741) - Stabat mater, Nisi Dominus, entre outras - interpretada por um agrupamento instrumental e um contralto italianos. Uma voz invulgar a dar vida aos sentimentos e às cores que Vivaldi colocou nas suas composições virtuosas... há melodias tão claras e luminosas nas suas obras que soam certas e parecem fáceis. Sabe bem estar viva para poder ouvir coisas destas ao vivo e a cores. Até a dor parece que dói menos porque soa tão bem.
Na segunda noite chegou a inquietação através das obras de Olivier Messiaen (1908-1992), das quais destaco uma: Quatuor pour la fin dus temps. E o fim dos tempos de Messiaen é inquietante, desgastante e depois tempestuoso... como só a natureza pode ser. Mas também é silêncio e depois do silêncio desolação. Porque depois da tempestade de Messiaen vem a desolação de perceber que é uma tempestade de violência sem vida. A desolação de um planeta desabitado. Mas até num planeta desabitado nasce o sol ao som de um violoncelo. Até num planeta desabitado, na última noite do último dia, a lua se ergue no céu reflectindo a luz do último solo de um violino.
Curiosidades curiosas
Messiaen, compositor francês, organista, e ornitólogo compôs este Quatuor pour la fin dus temps enquanto esteve preso, para os quatro instrumentos disponíveis: piano, violoncelo, violino e clarinete e foi ainda na prisão que esta obra foi pela primeira vez interpretada por ele e outros prisioneiros para os guardas e restantes presos.
Messian sofria de uma forma moderada de synaesthesia que se manifestava pela percepção de cores quando ouvia certas harmonias, particularmente as harmonias construídas a partir dos modos de transposição limitada (compilados por ele), e usava combinações dessas cores nas suas composições.
Na primeira noite, música sacra de Antonio Vivaldi (1678-1741) - Stabat mater, Nisi Dominus, entre outras - interpretada por um agrupamento instrumental e um contralto italianos. Uma voz invulgar a dar vida aos sentimentos e às cores que Vivaldi colocou nas suas composições virtuosas... há melodias tão claras e luminosas nas suas obras que soam certas e parecem fáceis. Sabe bem estar viva para poder ouvir coisas destas ao vivo e a cores. Até a dor parece que dói menos porque soa tão bem.
Na segunda noite chegou a inquietação através das obras de Olivier Messiaen (1908-1992), das quais destaco uma: Quatuor pour la fin dus temps. E o fim dos tempos de Messiaen é inquietante, desgastante e depois tempestuoso... como só a natureza pode ser. Mas também é silêncio e depois do silêncio desolação. Porque depois da tempestade de Messiaen vem a desolação de perceber que é uma tempestade de violência sem vida. A desolação de um planeta desabitado. Mas até num planeta desabitado nasce o sol ao som de um violoncelo. Até num planeta desabitado, na última noite do último dia, a lua se ergue no céu reflectindo a luz do último solo de um violino.
Curiosidades curiosas
Messiaen, compositor francês, organista, e ornitólogo compôs este Quatuor pour la fin dus temps enquanto esteve preso, para os quatro instrumentos disponíveis: piano, violoncelo, violino e clarinete e foi ainda na prisão que esta obra foi pela primeira vez interpretada por ele e outros prisioneiros para os guardas e restantes presos.
Messian sofria de uma forma moderada de synaesthesia que se manifestava pela percepção de cores quando ouvia certas harmonias, particularmente as harmonias construídas a partir dos modos de transposição limitada (compilados por ele), e usava combinações dessas cores nas suas composições.
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