dedilho nos meus dedos
a tua (im)paciência.
aspiro à integridade como a um balão de ar quente
que já partiu e que vejo sempre ao longe,
um ponto minúsculo no horizonte.
dedilho nos meus dedos
a noite e a verdade.
consagro inúteis o desejo e a vontade.
substraio o resto ao produto do divisor pelo quociente
e deito fora o excesso de dividendo.
sobra a verdade que ninguém quer, só eu,
que não me serve de tão pequena e vã,
mas emagreço só para lhe servir
e de todos me afasto e me despeço.
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