todos os dias decidimos coisas, pequenas coisas, se vamos pela esquerda ou pela direita, se almoçamos na cantina ou no bar, se convidamos um amigo para lanchar ou se nos deixamos conduzir pela inércia, se sorrimos à pessoa que nos atende ou se nos deixamos invadir pelo mau humor matinal...
mais de vez em quando decidimos coisas importantes, se escolhemos um curso, se mudamos de curso, se iniciamos uma relação, se mudamos de país, se mudamos de emprego, se mudamos de casa, se decidimos casar...
as primeiras podem ser mais ou menos instintivas, as segundas tendem a ser mais ponderadas... umas e outras afectam a nossa vida dali em diante de formas muito diferentes, de uma forma mais passageira ou mais definitiva, mas como saber se as decisões foram boas ou não...
dizia alguém sábio há muito tempo que as decisões se avaliam não pelos sentimentos momentâneos, mais superficiais, mas pelos frutos. assim, as boas decisões serão aquelas que nos abrirem o coração à vida e aos outros, que fizerem de nós melhores pessoas. podem ser decisões difíceis, que exigem superação, abnegação, talvez até sacrifício, mas trazem paz interior, e uma felicidade que às vezes não faz grande alarido, mas que nos atravessa, com a profundidade e a calma dos grandes rios. não deixamos nunca de sentir medo, mas abrem-se novas janelas dentro de nós. podemos não dizer nada, mas os outros sentem, na luz do olhar, na sensibilidade das palavras, na leveza dos pequenos gestos...
tudo está igual, mas tudo mudou...
o verdadeiro amor não transforma só uma relação a dois, renova todas as nossas relações, porque não pode senão dar-se.
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