22 junho, 2007

relativizar



rir, rir bem alto, rir se tropeço, ou se me apanho em flagrante a cometer o mesmo erro outra vez (como quando espero que os outros façam aquilo que eu gostaria que eles fizessem), rir das minhas falhas, e da minha falta de memória, rir na cara do desânimo que me quer fechar janelas no coração. rir da minha nuvem particular que chove só para mim quando estou triste. rir da irritação desproprositada e da cara altiva da teimosia e da tristeza exagerada...

rir, mas não ser leviana.
rir para relativizar certas coisas, mas estar atenta e não deixar passar valores e ideais para lado das coisas relativas, ou ficaria sem centro, sem nada a que me agarrar.
rir, mas não ser fútil, não desvalorizar o que é importante para os outros, não relativizar os seus valores, nem menosprezar as suas dores...
fronteiras tão ténues e tão fáceis de ultrapassar.






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