há dias em que parece que o tempo nos atropela
de tanto que corre desvairado em direcção ao futuro.
e passa, passa quase sem tocar, quase sem sentir,
só se ouve assim uma espécie de zumbido nos ouvidos,
ou é o vento que arrefece os sentidos...
ou então palavras apagadas pelas distâncias,
corações cerrados e mal-entendidos.
eu só quero silêncio.
não me façam perguntas
que não sei responder,
não me peçam razões
que não sei escrever.
eu só quero silêncio.
e parar
parar aqui um instante
enquanto tudo passa.
não quero sequer entender,
só respirar fundo e parar,
tudo o que dói e tudo o que ri,
tudo o que chega e tudo o que se parte,
cristalizar o momento numa fotografia interminável
e amanhã, talvez, recomeçar.
18 junho, 2007
tempo
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