06 dezembro, 2010

de outra cor


ainda bem que chove por estes dias, assim não tenho que me preocupar com o que vestir para disfarçar a dor, porque o mundo é da minha cor. eu visto as nuvens e caminho incólume através da tempestade. eu deixo o frio brilhar através dos meus dedos. deixo desejos e medos soltos no vento para ele os dispersar. o meu grito é o ribombar dos trovões e o rumor da chuva sobre a terra sou eu a murmurar.


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