26 fevereiro, 2011

disciplina


muitas vezes sou prisioneira dos meus sentimentos e desejos.
hoje saio em liberdade condicional por bom comportamento.


22 fevereiro, 2011

a outra face


os nossos pré-conceitos afectam de forma determinante a atitude que temos perante os desconhecidos, se sorrimos ou não, se somos mais ou menos pacientes, se somos mais ou menos sinceros, ou melhor, mais ou menos parecidos com o que somos realmente.
as nossas experiências anteriores com as pessoas afectam a forma como as tratamos da segunda, da terceira, da décima e da milésima vez porque é muito difícil ultrapassar diferenças e mágoas prévias para arriscar ser gratuito e olhar com um olhar renovado uma e outra vez.
por último, a nossa opinião em relação a nós próprios, a nossa auto-estima, aquilo que achamos, mais ou menos conscientemente, que merecemos (ou não) reflecte-se a todo o momento nas nossas opções e acções em relação aos outros (como uma espécie de profecia que se auto-realiza). quantas vezes nos desvalorizamos silenciosamente, quantas vezes esquecemos que o valor intrínseco de cada um é completamente independente das qualidades e dos defeitos, do QI, das aparências, ...
eu que me reconheço como num espelho em todas estas armadilhas (dos pré-conceitos à auto-desvalorização) fico a pensar: como seriam as nossas relações se nos libertássemos de todas estas correntes?


18 fevereiro, 2011

horários


gosto da manhã. da luz da manhã. da sensação de que todas as coisas são ainda possíveis. do pequeno-almoço. do cheiro a café.
gosto da noite. do silêncio. de conduzir pelas estradas vazias. das conversas intermináveis. do luar. de ver o dia nascer. de ouvir o dia nascer.
gosto de dormir muito, mas não me consigo deitar cedo. por isso no tempo de aulas durmo pouco e vejo muitas manhãs. nas férias durmo muito e vejo muitas noites, poucas manhãs.

07 fevereiro, 2011

de férias...


quinze dias de férias muito ansiados depois de um semestre exaustivo. nos primeiros dias dormi até tarde e não fiz nada de jeito... o que rapidamente se tornou enervante. será que estou viciada no trabalho? será que já não consigo não ter nada para fazer? é triste. já o tinha sentido nas férias de verão. se não tenho nada marcado não faço nada, nem sequer saio de casa e fico a vegetar. rapidamente fico deprimida e as férias tornam-se cansativas e não o contrário. A solução portanto é arranjar objectivos:

Ir ao cinema:
Biutiful
Cisne Negro
Indomável
O discurso do Rei

Ler:
Tudo o que sobe deve convergir - Flannery O'Connor
1 Km de cada vez - Gonçalo Cadilhe
Northanger Abbey - Jane Austen
Antígona - Sófocles
A queda de um anjo - Camilo Castelo Branco
Fragmentos - Novalis
Poesia - q.b. - Daniel Faria, Eugénio de Andrade, Sophia de M. B. Andresen

Reler:
Terra dos Homens - Saint-Exupéry

Ouvir:
Du Temps & de L'instant - Jordi Savall,...
Mongrel - Mário Laginha Trio
Sinfonia nº 1 e Vathek - Luís de Freitas Branco
Integral das canções - Luís de Freitas Branco
Lieder - Vianna da Motta
Xinti - Sara Tavares
Lungs - Florence & the Machine
Forbidden Fruit - Nina Simone
B Fachada - B Fachada
Riot on an empty street - Kings of Convenience
Kid A - Radiohead
Boxer - The National

Rezar
Escrever
Tocar piano
Tocar guitarra
Arrumar o quarto (...)
Fazer exercício (.............)
Ir ver o mar
Não fazer nada
Estar com os amigos
Fazer um plano para o dia
Ir comer jesuítas à pastelaria Moura

serão objectivos a mais? vou ficar frustrada se não conseguir atingir os objectivos? não sei, mas li algures que fazer planos é a melhor maneira de evitar a inércia e a indecisão. e não fazer planos também não parece estar a resultar... por isso vou tentar!