17 maio, 2006

lagos e furacões...

Como uma pedra ao cair num lago, parece coisa pouca, mas provoca ondas que percorrem todo o lago até desaparecerem e deixarem tudo aparentemente igual, basta uma palavra, um des-olhar, um des-amor para abalar o estado fundamental de equilíbrio e deixar alguém num estado menos estável, embora aparentemente igual, para quem está de fora.
As mulheres, de uma maneira geral, são peritas em entrar nestes estados meta-estáveis... não se vêem por fora, são indecifráveis, indetectáveis, mas coitado do triste que agitar a superfície da água, ainda que seja, como na maior parte das vezes é, sem intenção...
Claro que, há dias e dias, há dias em que várias pedras não fazem nada, e outros em que um arranhão é sentido com a intensidade de um choque frontal entre dois elementos (aqui falta-me a palavra, será objectos,... sei lá, veículos... nada me soa bem) a grande velocidade... toda a energia potencial acumulada no interior do lago é rapidamente convertida em furacão...
O tal azarado de à bocado acha a reacção exagerada claro está, mas se o disser é capaz de piorar a sua, já desfavorável, situação. Enfim... as relações humanas não são fáceis. É recomendado que se sirvam com abundância de paciência e de perdão...
Não esquecer que cada caso é um caso, e que não há uma resposta mágica que sirva para todos os furacões... há os que se sentem bem com o silêncio e os que não o suportam, há os que se acalmam com uma postura submissa e os que sentem nela uma provocação...
Para os que tiverem que se confrontar com esta situação, 3 conselhos sempre úteis: sair a correr não é a melhor solução; dar atenção/ouvir (sem olhar para o relógio/telemóvel, claro, mas isto é óbvio... não é?) não custa muito e costuma ter efeitos surpreendentes; não mentir, mas também não abusar da sinceridade... há formas melhores e piores de dizer as coisas. O que é preciso é inspiração...
Com o tempo também nos vamos conhecendo melhor a nós próprias e conseguimos detectar os sinais da tempestade a tempo de a evitar... ou então não... (as hormonas não ajudam...)
Seja como fôr, as razões são quase sempre pequenas para ficarmos zangados com alguém muito tempo. O rancor é uma planta que se infiltra no coração se lhe dermos espaço...
Há tantas coisas melhores para fazer, comer gelados, passear à beira-mar, "perder" as horas a conversar... não vale mesmo a pena perdermos tempo com coisas mesquinhas e pequenas. convém começar já hoje a perdoar (porque perdoar pode demorar... quanto mais cedo se começar melhor)

1 comentário:

Anónimo disse...

E se as pedras vêm de dentro para fora??

Agora bem, adorei o teu post! E pensei: Há que intercambiar ideias!...aqui vão:

Acho que, pelo contrário, estamos sempre a interactuar com o mundo exterior (estão sempre a cair pedras e folhas no lago), por isso a tal “calma ou equilíbrio” é perturbado desde o interior e não pela “pedrinha” ao cair.

Por outro lado acho que as relações são simples...Tão simples como compreender que cada um vive circunstâncias diferentes às nossas, e o mais importante, lembrar que: Ninguém nos magoa intencionalmente.
Logo, na maioria dos casos, o que realmente faz falta é Comunicação Eficaz!....Mais importante que “O QUE” se diz é “O COMO”

Depois, correr é uma boa alternativa, no mínimo gera um desgaste de energia e liberta adrenalina...Outra boa solução é beber uma cerveja (só uma!)

ÐDC¨´*~-.,¸¸.-~•*´¨¯

P.S: A teoria sem pratica perde validez!