a paz não é só um sonho. daqui não conseguirei, talvez, lutar pela paz do outro lado do mundo, mas vale a pena perceber se onde estou construo paz ou causo discórdia e desunião. onde me sinto em paz? como transmitir paz? ser quem se é dá paz interior, aceitar os outros como são deve dar-lhes paz a eles... digo eu... será?
24 outubro, 2008
Joni Mitchell - California (BBC)
Provérbio chinês
"Para que possas beber vinho num copo que está cheio de chá,
é necessário primeiro tirar o chá. Só então poderás servir e beber o vinho."
fotografia de Ernest von Rosen, www.amgmedia.com
do fazer, do estar e do sonhar
Penso muitas vezes e repito-o para mim própria: não há tarefas menores. Depois na prática nem sempre me lembro disso. Hoje volto a esta ideia, com mais vontade ainda de a pôr em prática. Se a cada pequena tarefa, se em cada pessoa que encontro colocar toda a minha dedicação, cada encontro e cada tarefa ganha um novo sentido. Eu realizo-me mais porque estou presente naquilo que estou a fazer, sou mais feliz e faço mais felizes os outros. Não quero com isto dizer que devo viver prisioneira do presente. Posso estar dedicada ao presente e elevar os olhos para o futuro, com esperança, com confiança, posso e devo sonhar mais alto e melhor. Aliás se viver bem o presente, com as suas dificuldades e sofrimentos, com as suas alegrias e oportunidades, se levar a vida a sério e lhe procurar sentido, vou com certeza sonhar melhor.
18 outubro, 2008
11 outubro, 2008
a cada coisa o seu tempo
Hoje é Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, por isso recomendo:
- uma visita ao site da Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos:
http://www.apcp.com.pt/
- a crónica de ontem da Laurinda Alves:
http://laurindaalves.blogs.sapo.pt/143383.html
- e já agora uma pequena entrevista da Laurinda Alves ao Dr. Daniel Serrão:
http://videos.sapo.pt/ZiDcVPzBqoAmulonel2G
08 outubro, 2008
do tempo que demoro chegar a casa
nessas horas em que me sobram palavras
não te digo nenhuma,
antes cerro os dentes,
sustenho a respiração
e fico ali imóvel
perante o desenrolar invisível
desse fio, desse rio, desse mar de
palavras infindáveis e mudas
que não te direi.
fico ali como fonte inesgotável,
guardando a água para o lado de dentro
(até me constipar de desesperança):
não há palavras que me sirvam,
não há palavras que nos sirvam.
nada do que eu penso me pode explicar,
nada do que eu sinto te pode salvar,
onde eu sou tu já não estás,
onde tu és eu nunca estou.
às vezes porém,
regresso a casa com esse travo na boca
do deserto e da sombra
que trazes nos teus passos...
(porque não pressinto em ti nenhuma luz)
regresso a casa e demoro a chegar,
demoro a recuperar dessa dor
que não te larga,
dessa resignação, dessas cinzas,
dessa morte que te habita antes do tempo,
regresso a casa e demoro a deixar-te.
sem tempo
parece que tenho tanto tempo livre no horário, mas não me sobra tempo nenhum, ando sempre atrasada, sempre a correr, continuo a não ter tempo para nada... estranho... ou é dos meus olhos, ou da minha falta de disciplina, ou... é o tempo que passa a correr... logo agora que estava a gostar tanto de ler:
imagem 1 daqui
imagem 2 dali