na multidão de anónimos
caminhar.
silêncio.
no muro dos dias
tricotar janelas,
ver.
tempo de dar.
tempo de parar.
(in)decisão.
entra pela porta fechada.
a verdade nos gestos, o silêncio na boca.
a beleza.
ruído de passos.
ninguém.
a memória.
na multidão de anónimos
caminhar.
silêncio.
no muro dos dias
tricotar janelas,
ver.
tempo de dar.
tempo de parar.
(in)decisão.
entra pela porta fechada.
a verdade nos gestos, o silêncio na boca.
a beleza.
ruído de passos.
ninguém.
a memória.
repetidamente, por tempo indeterminado (acho que me estou a repetir)
estou viciada. posso ouvir The National todos os dias, as mesmas músicas, repetidamente, por tempo indeterminado.
quando não te vejo é que não te esqueço,
quando não me falas é que não me calo,
quando não me tocas é que te desejo,
e neste desencontro nada te subtrai,
só se multiplica a tua longa ausência.
quanto mais analiso a raiz do questão
mais me confundo e mais me convenço
da ausência de ciência nesta (in)consciência.
quanto mais verifico a insolução
mais me critico e mais me disperso,
mais te encontro e mais me afasto da razão.
esta (in)consciência ignora as leis da física
e da matemática e da linguagem e da gestão
e outras que tais...
mas eu não.
se a (in)consciência ignora todas as leis
eu ignoro a (in)consciência e outras que tais
e da tua presença me subtraio:
se te vejo mais depressa esqueço,
se me falas eu não te respondo,
e se me tocas não te quero mais.