É isso o Natal
a imagem de um amor incondicional
É isso o Natal
a imagem de um amor incondicional
ervil adeuq me ounitnoc
...uotse edno meb ies oãn àj sezev sá
oãhc oa ogehc siam acnun
rarap
rarap sanepa essedup
rimrod
opmet o rarap
ãhnama raçemocer
ritsixe oãn ejoh
ãhnama
sosso son oçasnac etse mes ãhnhama
iuqa uotse oãn adnia
ue uos oãn atse
oxelfer uem o sanepa è
ojev ue meuq è
.ohlepse oa ojev em odnauq
"foi por ti
que um dia eu fui p'ra além da praia,
descobri em ti
um mar que eu nem sabia haver"
e por falar em música, não me podia esquecer de recomendar o musical que estamos a preparar há tanto tempo e que vai estrear no dia 19 de novembro (2.ª récita no dia 25). é assim, demora muito a preparar e depois passa num instante. intitula-se Pirilampo e os deveres da escola. tragam os mais novos que vão gostar, e venham sonhar connosco ao som da música do João Loio.
mais informações aqui.
há noites que são dias...
que acordam em nós
sonhos antigos, novos desejos,
o rumor longínquo do mar...
quem me conhece não me sabe mais,
porque nasci do silêncio
para o sol nascente.
há noites que acordam alvoradas dentro do peito
e lançam uma nova luz
sobre o mundo.
fazem ver mais claro,
ver com olhos de quem ama.
e só o amor transforma,
só o amor faz crescer de dentro para fora.
o mundo inteiro não chega,
rasgo horizontes de medo e insegurança
sigo a voz que me chama,
quero ser mais livre,
arrisco a certeza pela confiança
arrisco cair para poder voar.
quantas vezes serei capaz de repetir? quantas vezes serei capaz de me humilhar? quanto tempo serei capaz de resistir? quantas vezes serei capaz de insistir? quantas vezes serei capaz de perdoar? quantas vezes serei capaz de perguntar? quanto tempo serei capaz de procurar? quantas vezes serei capaz de me calar? quantas vezes serei capaz de superar? quantas vezes serei capaz de voltar? quantas vezes serei capaz de partir?...
límites...
quais são os meus? quais serão os dos outros? haverá alguma outra forma de o saber para além desse testar contínuo, dia após dia, de vaga contra as rochas, de terra contra o vento? haverá outra forma que não a erosão contínua? haverá outra opção que não a de proteger esse frágil equilíbrio entre os meus límites e os de todos os outros?
imagem retirada daqui
sigo à deriva…
tantas vezes sem sentido,
sem direcção,
outras tantas sem leme,
sem lastro, ou sem razão.
sigo do vento o sabor,
o corpo de vela a prumo,
inerte, o espírito amiúde ausente…
ninguém me roube a viagem,
ninguém me domine o sentir,
ninguém me devolva à paisagem
de onde me viram partir.
quero ser outra, ser longe,
quero rasgar-me na ida…
não me esperem na partida,
se a viagem é a minha vida:
a meta pode ser indefinida,
mas à partida não vou voltar.
fotografia do sítio do costume
fotografia do sítio do costume
aceitar perder para ficar a ganhar...
dá que pensar, não dá?
as atitudes de alguém próximo podem ser, às vezes, quase incompreensíveis, e não haver palavras, ou esforços que clarifiquem a situação, nem tentativas de diálogo que não resultem frustradas. geralmente a dimensão do problema tende a ser tão pequena que torna a situação em si ainda mais cansativa. só o não diálogo pode ser a causa do aumento da esperança de vida das coisas pequenas.
é para mim penoso, sentir o tempo passar sem que a verdade das coisas nos ilumine. é me difícil aceitar que algo que me pareça claro, resulte tão difícil de esclarecer. às vezes desejos subreptícios de invasão invadem-me: vou lá bater a tua porta até que abras e discutas comigo, ou vou ligar até me atenderes, mas a razão diz-me que devemos respeitar os tempos dos outros, e por isso não reclamo, não discuto, não invado... mostro-me apenas disponível, e espero... ainda que o tempo pareça demorar a passar, ainda que o tempo pareça esgotar-se a cada dia que passa, ainda que não consiga não pensar, ainda que não consiga não sofrer.
não cedo à resignação, mas à esperança. a esperança é a qualidade dos que esperam desejando o bem. a esperança tem na paciência uma aliada e firma as suas raízes na disponibilidade para aceitar. a esperança habita o coração daqueles que se deixam encontrar e torna o difícil mais fácil de suportar.
imagem retirada daqui
we all have good and evil inside,
that doesn't make us good or bad persons though,
it's the choices we make,
the risks we take,
the part we choose to act upon
that defines who we are.
it seems simple,
but simple it is not.
we can still hurt trying to do some good,
we can still help although our intentions were bad:
this equation has too many variables,
and can evolve in unpredictable ways.
we can only try to get it right,
certain that we're going to fail too many times along the way...
we'll just have to keep trying...
keep trying, and failing, and guessing, and wishing,
and dreaming, and loving, and hurting...
keep trying, though hurt, though tired, though weak,
keep trying.
fotografia encontrada aqui
imagem retirada d'aqui
Nota: o catalisador é uma espécie química que favorece a ocorrência da reacção por um outro caminho com menor energia de activação e portanto a maior velocidade.
imagem daqui
imagem encontrada aqui
há dias em que parece que o tempo nos atropela
de tanto que corre desvairado em direcção ao futuro.
e passa, passa quase sem tocar, quase sem sentir,
só se ouve assim uma espécie de zumbido nos ouvidos,
ou é o vento que arrefece os sentidos...
ou então palavras apagadas pelas distâncias,
corações cerrados e mal-entendidos.
eu só quero silêncio.
não me façam perguntas
que não sei responder,
não me peçam razões
que não sei escrever.
eu só quero silêncio.
e parar
parar aqui um instante
enquanto tudo passa.
não quero sequer entender,
só respirar fundo e parar,
tudo o que dói e tudo o que ri,
tudo o que chega e tudo o que se parte,
cristalizar o momento numa fotografia interminável
e amanhã, talvez, recomeçar.
fotografia de Nuno Milheiro
...
ou então, podia simplesmente parar.
alturas houve em que tentei adiar-te para um futuro indefinido: daqui a um ano, daqui a dois, quando acabar o curso, quando acabar o mestrado, quando tiver tempo para parar,...
alturas houve em que quis ter a certeza, ou então que tudo se decidisse por si só e eu não precisasse de escolher, assumir, e enfrentar todas as consequências de uma possível escolha...
houve alturas em que quis escolher-te, mas não tive coragem para agir, nem liberdade para me entregar, nem disponibilidade para estar...
hoje só quero estar exactamente aqui, neste momento antes de, mas a caminho de...
qualquer coisa que não sei, mas que acredito que será o melhor.
hoje só quero estar.
respiro-te fundo e desejo ficar aqui e perguntar:
que sonhos tens sonhado tu comigo?
será que eu me atrevo a sonhar contigo?
ao som de dreaming my dreams aqui
"I'll be dreaming my dreams with you
I'll be dreaming my dreams with you
And there's no other place
that I'd lay down my face
I'll be dreaming my dreams with you"
fotografia encontrada aqui
no teu olhar vejo o mundo
de todas as dores, de todas as cores,
de indecifráveis segredos,
de sentimentos revelados,
de destinos desejados,
de subentendidos sentidos.
no teu olhar vejo o céu
e o mar e tudo o que tu vês,
e o que tu sabes, mas não se vê...
e às vezes até o que tu não queres que se veja:
no teu olhar
as mentiras que me contas
e as verdades que me escondes.
no teu olhar o futuro
transformando-se em presente a cada instante,
(e que presente o futuro é...)
fotografia daqui
eu que me comovo a toda a hora,
com os passos de cada um
e o rosto de toda a gente,
disfarço o meu coração:
pedra por fora, fonte por dentro
e alimento secretamente
esta forma de ser dissonante
da corrente indiferente da multidão.
quem passa ficará aquém,
na hesitação verá indiferença,
no sorriso ironia ou desdém...
quem pára talvez repare
no lento lamento que as fontes cantam
na ânsia de encontro que os passos traçam
na compreensão que os sorrisos calam.
eu que me comovo a toda a hora,
com o rosto de cada um
e os passos de toda a gente.
fotografia daqui
acredito na felicidade de viver um dia de cada vez,
e no valor das pequenas coisas.
acredito na amizade,
no amor gratuito,
na beleza interior.
acredito na paz.
acredito na liberdade interior.
acredito que vale a pena olhar para o futuro com esperança,
e que é possível optimizar (n)o presente.
acredito que no silêncio se dizem muitas coisas, e se ouve muito melhor.
acredito que melhor é possível, acredito que é possível mudar.
acredito que vale a pena lutar pela justiça e pela verdade.
acredito que faz sentido viver uma vida com sentido,
ou passar a vida a procurá-lo.
acredito na comunicação.
acredito na urgência do perdão.
acredito na busca do essencial.
acredito no poder transformador de um olhar,
acredito no poder transformador do amor.
fotografia encontrada aqui
quem me dera poder escrever-te,
ou pintar o teu retrato,
ou encontrar-te na rua
e demorar-me ao teu lado.
quem me dera sonhar caminhos
que encham de futuros os teus olhos
e desejar desejos
de encontro à tua vontade.
quem me dera falar pouco
e dizer sempre verdade.
quem me dera deixar tudo,
perder os passos na madrugada,
correr o mundo de mãos vazias,
só para te abraçar no fim da estrada.
fotografia daqui
bebo a minha sede
da qualidade higroscópica do sal,
da claridade nuclear do sol,
da poeira interestelar do sul.
Imagem: Nebulosa do Lago
Credit & Copyright: CFHT (Telescópio Canadá-Francia-Hawai), J. C. Cuillandre
fico extasiada com o verde!...
diferentes tons de verde,
diferentes (de)graus de luz...
quero este verde gravado no meu peito,
verde ácido, verde risco,
verde sonoro da primavera.
quero esta música de vento e pássaros,
este rumor ansioso de sonhos claros,
quero que o verde ventre da calma
rasgue os azuis raros e (trans)lúcidos da minha alma.
quero o verde antigo, verde mordido de maçãs e tílias,
verde sabor a horas vagas,
verde olhar (des)encantado,
verdes tristezas, verdes fados,
verdes pedidos, verdes (so)rrisos,
verdes abraços apertados,
verdes futuros encerrados
nas horas dos dias por vi(r)ver,
verdes desejos, verdes enredos,
verdes sentidos escondidos
nos caminhos por (per)correr.
à janela me esqueço de mim
e fico a ver o mundo passar.
respiro só às vezes e devagar
para não aumentar a concentração
de dióxido de carbono no ar...
à janela me esqueço de ti
e dos mundos e dos outros que te inventei.
fico assim grávida de imobilidade
atenta ou alheia à realidade
(ninguém vê, ninguêm sabe...)
à janela estendo, em silêncio,
rios de vozes das multidões interiores.
à janela me concentro e me disperso,
perco-me nos rostos e nas cores,
nas esquinas dos olhares e arredores...
à janela me transformo, me transfaço, me transcedo:
peça a peça, sangue e sede,
pedra a pedra, desejo e pele,
passo a passo, osso e dor.
Quadro: Person at the window by Salvador Dali
pudesse ser pedra
ou rio
ou flor,
água do mar,
ou asa de cotovia,
o meu canto romperia a aurora
nas fontes,
inventaria sentidos
ao dia,
correria, correria,
só para ver se te via.
I hate that you're so silent and oh! so bright!
It makes me feel I'm always wrong and you’re always right.
I hate when you say that you have nothing to say!
It makes me keep all unanswered questions in my mind.
I hate that we never see each other really,
Even though, if we did, I would probably hit you.
I hate not to hate you at all, although I should,
But it's all right…I've made up my mind:
What I thought I knew
What I thought I could or should have done,
I’ll let it fade away.
Meanwhile I’ll meet the dawn, feed my heart with morning light.
I guess I can say:
"Goodbye, I'm going home"